Educação

E-learning: entenda como funciona essa modalidade de EaD

e-learning

No post anterior demos início a uma série sobre e-learning, com o objetivo de apresentar melhor o conceito dele e como essa modalidade de ensino pode ajudar sua empresa a crescer. No primeiro artigo explicamos o conceito e a origem do ensino a distância (EaD) e, agora, vamos esclarecer um dos principais equívocos sobre ela: EaD não é a mesma coisa que e-learning. Apesar dos dois conceitos estarem diretamente relacionados, não podem ser considerados sinônimos.

Para entender o e-learning, devemos conhecer a fundo o “e” que vem antes da palavra learning (aprendizagem, em inglês). Segundo André Luis de S. Alves Pinto, em seu artigo “Este adolescente chamado e-learning”, o “e” pode ter dois enfoques:

André destaca que não há uma visão mais correta que a outra. De acordo com o autor, a primeira conceituação é mais abrangente, destacando as similaridades entres as diferentes plataformas. Mas ele ressalta ainda que “é inegável que a internet tem sido a grande responsável pelo crescimento exponencial de iniciativas de aprendizagem on-line”.

E-learning: interatividade e inteligência coletiva

A principal característica da internet, e que faz dela uma plataforma tão única, é a interatividade. É a possibilidade de troca de informações que não tem limitação de espaço e tempo. A interatividade foi potencializada pelo desenvolvimento da Web 2.0, que impulsionou a inteligência coletiva. Vamos entender melhor esses conceitos:

Web 2.0

Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva. (Tim O’Reilly)

Inteligência Coletiva

Uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta uma mobilização efetiva das competências. […] A base e o objetivo da inteligência coletiva são o reconhecimento e o enriquecimento mútuos das pessoas. (Pierre Levy)

E o que isso tem a ver com o e-learning?

Tudo. Em uma comparação geral, podemos dizer que: a web está para o e-learning assim como a escrita está para a comunicação.

  • Foi a partir da escrita que as pessoas puderam registrar e repassar com maior alcance suas mensagens.
  • Da mesma forma, a web potencializou o poder de interação entre os indivíduos, e o e-learning utiliza essa possibilidade de troca de conhecimentos para construir e desenvolver a inteligência coletiva — e individual.

No livro “Educação on-line”, Marco Silva destaca que, no e-learning, é fundamental não subutilizar a interatividade possibilitada pela internet. Segundo o autor, o ambiente virtual não deve apenas ser utilizado para repassar conteúdos estáticos, e que é preciso “investir na criação de cursos interativos, baseados em ambientes virtuais de aprendizagem que permitam a participação e a colaboração dos aprendizes na construção da comunicação e do conhecimento.”

Nesse mesmo livro, o autor ainda ressalta a reflexão de José Manuel Moran, no artigo “Contribuições para uma pedagogia on-line”, explicando que o ensino-aprendizagem on-line é mais complexo do que os processos presenciais:

Nesse contexto, os papéis do professor se multiplicam, diferenciam-se e complementam-se, o que exige grande capacidade de adaptação e de criatividade diante de novas situações, propostas e atividades.

Nosso conceito de e-learning

Com base nas conceituações que mostramos, nós, aqui da Humantech, definimos o e-learning da seguinte forma:

O e-learning é fruto do desenvolvimento da educação a distância (EaD) e das tecnologias digitais de comunicação. É uma das modalidades de EaD que utiliza as mídias eletrônicas como base, principalmente a internet, aproveitando seu alto potencial de disseminação de informações por meio das diversas plataformas multimídia.

Tipos de comunicação a distância

Estando os participantes sempre em locais distintos, os tipos de comunicação da educação a distância variam de acordo com a sincronia em que o conteúdo é transmitido e recebido.

No e-learning assíncrono, professor e aluno não estão conectados ao mesmo tempo. Existem recursos interativos, mas as atividades não acontecem no mesmo instante. Exemplos desse tipo de comunicação são as realizadas por meio de fóruns, e-mails ou mesmo sistemas projetados para a promoção do autotreinamento do aluno.

O outro tipo é o e-learning síncrono, quando professor e aluno participam ao mesmo tempo. Exemplos dessa modalidade são chats e videoconferências. Esse modelo é o que se aproxima mais do modelo presencial, por possibilitar a troca de informações em tempo real. Existe ainda a modalidade de blended learning, que é derivada do e-learning, mas conta também com aulas presenciais — trata-se de um ensino semipresencial (ou híbrido).

Para que o e-learning seja possível, foram desenvolvidos Sistemas de Gestão da Aprendizagem (SGA) ou, em inglês, Learning Management Systems (LMS). Eles são espaços que hospedam todo o material e permitem que os tutores acompanhem o progresso de cada um dos estudantes. No próximo artigo da série, vamos falar mais sobre esses ambientes, por isso, não deixe de acompanhar!

Tópicos: