Gestão do Conhecimento

O compartilhamento de conhecimento na Web 2.0

O compartilhamento de conhecimento na Web 2.0

Abra seu buscador predileto e digite “Web 2.0”. O primeiro site indicado para resposta a essa busca é resultado do próprio conceito sobre o qual você quer se informar melhor. O Wikipedia é um dos exemplos dessa tal de web 2.0. Se essa primeira fonte não for suficiente, no Google você terá à disposição mais de um trilhão de sites com referências para o tema, com informações construídas por pessoas de todos os lugares possíveis no globo.

Toda essa introdução é para tentar contextualizar esse termo muito utilizado, porém, nem sempre de forma correta. Afinal, o que se quer verdadeiramente dizer com uma empresa ou produto 2.0? O conceito foi utilizado pela primeira vez em 2004 pela empresa americana O’Reilly Media para designar uma segunda geração de comunidades e serviços da World Wide Web.  Com a palavra, Tim O’Reilly, percursor no uso do termo:

“Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva”.

O autor assim definiu em seu blog em 2006 e, desde então, é a definição concisa mais aceita do termo. Já se passaram alguns anos desde essa definição e “2.0” tem sido cada vez mais utilizado como adjetivo e sinônimo para itens que pretendem revelar-se com muita rapidez e interatividade. Já há até quem fale em Web 3.0 (a terceira geração da internet). Mas vamos com calma. Será que o conceito de web 2.0 tem sido efetivamente colocado em prática. Não faltam exemplos na web que demonstram a real utilização da inteligência coletiva. Um deles, falamos no início do texto: o Wikipédia é um dos principais modelos de criação colaborativa de conhecimento por meio de uma plataforma on-line.

O conhecimento por trás dos cliques

Mas é preciso ter cuidado ao referenciar algo como 2.0. Não basta estar na internet para ser web 2.0. Da mesma maneira, definir um produto, um site ou um aplicativo como “2.0” não o torna efetivamente como tal. O que vai determinar isso é a forma como o conteúdo on-line será utilizado, compartilhado e construído. Não necessariamente nesta ordem. O’Reilly afirma que “o princípio mais importante por trás do sucesso dos gigantes nascidos na era Web 1.0 que sobreviveram para liderar a era Web 2.0 parece ser o fato de que eles souberam aproveitar o poder que a rede tem de tirar partido da inteligência coletiva”. É graças à web 2.0 que podemos não apenas ter acesso a determinadas informações, mas também ajudar na construção de um conhecimento que será utilizado por outros milhões.

Na web 2.0, a colaboração coletiva é a bandeira principal. Mas nesse mundo tão conectado, qual seria a maior dificuldade em consumir informações de acesso universal? A questão espacial já foi resolvida, já que a China fica a alguns cliques de distância. A principal barreira na comunicação on-line é a linguagem, que não é universal. Para resolver isso, adivinhem o que está sendo utilizado? Novamente ela, a inteligência coletiva. O projeto Duolingo se propõe a ensinar às pessoas um novo idioma. Enquanto elas aprendem gratuitamente uma nova língua nessa plataforma, elas estão automaticamente ajudando a traduzir sites da internet. É como utilizar uma ferramenta 2.0 para tornar a própria web ainda mais “2.0”.  Ou seja: “aproveitar o poder que a rede tem de tirar partido da inteligência coletiva”.

Para saber mais sobre a criação do Duolingo assista à palestra de Luis von Ahn no TED: Colaboração on-line em escala massiva.

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