Gestão do Conhecimento

O sistema educacional na era do conhecimento

O sistema educacional na era do conhecimento

Cheiro de álcool em folhas mimeografadas. Se você tem mais de 25 anos conseguiu assimilar essa frase e pode até ser que ainda lembre-se dessa experiência bem particular da época escolar. Receber a folha ainda úmida e levá-la ao nariz. Era assim há uns 15 anos em muitas salas de aula. Mas é claro que o mimeógrafo não faz parte do vocabulário dos estudantes contemporâneos. Aliás, devem estar procurando isso no Google neste momento em seus smartphones (vamos facilitar: mimeógrafo). Esse é só um exemplo de como as ferramentas de comunicação mudam de maneira tão drástica em tão pouco tempo.

A estrutura escolar foi desenvolvida na época do Iluminismo e da Revolução Industrial. Muitas mudanças no âmbito cultural e econômico impulsionavam a educação na época. Atualmente, passamos por outros tipos de transformações, e a evolução constante das tecnologias da informação afeta diretamente os métodos de educação tradicionais. A pergunta recorrente no mundo acadêmico é: como vamos preparar as crianças para um futuro sobre o qual não fazemos ideia de como será? Mas, ora, em nenhuma época, nunca se soube antes como seria o futuro, não é mesmo? A diferença agora é a velocidade com que as mudanças ocorrem. A história nos mostra que, conforme vão surgindo, as evoluções tecnológicas acontecem de forma cada vez mais rápida com o passar do tempo, e precisam ser igualmente assimiladas de maneira cada vez mais veloz pelas gerações que as acompanham. Ou seja, o que é tendência quando uma criança entra na 1ª série, pode ser ferramenta obsoleta e já ter sido substituída quando ela tiver chegado à 5ª.

A resposta para esse questionamento sobre a preparação para o futuro que muda constantemente pode estar no modelo utilizado na “Vittra Telefonplan”, uma escola sueca com uma arquitetura e uma metodologia de ensino que tem chamado a atenção de todo o mundo. A filosofia da escola é “ensinar a aprender”. Nela, o ambiente escolar é a maior forma de aprendizagem – sendo mais importante, inclusive, do que o conteúdo das aulas. Vivemos na era do conhecimento, onde o acesso às informações não é problema. Por isso, mais relevante do que a capacidade de armazenar conteúdo, é a forma com que o estudante lida com tudo isso. Se ele aprende a aprender, não importa o quanto as informações e as ferramentas mudem, ele terá mais facilidade em assimilar tais transformações e continuar aprendendo.

“… considerando que a sociedade está se transformando na velocidade em que está. Se nada muda na forma que as escolas funcionam, então algo está errado.”

Neste vídeo, podemos acompanhar a evolução das tecnologias utilizadas na educação:

Especialista em educação e criatividade, o britânico Ken Robinson aborda a forma como a educação pode liberar ou matar a imaginação ao longo dos anos. É uma abordagem interessante que pode servir de ponto de partida para uma análise sobre a educação e o contexto tecnológico, avaliando os benefícios de tantas ferramentas digitais para o desenvolvimento cognitivo dos estudantes.

“As crianças vivem em um mundo digitalizado e nossa educação é do século passado. Falhamos em conectar os estudantes aos seus talentos”.




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