Com o passar dos anos e o constante surgimento de novas tecnologias, é notável o quanto o comportamento das pessoas mudou — tanto em relação aos hábitos de compra quanto em como elas se relacionam com o mundo à sua volta. Com as empresas não foi diferente. Elas tiveram que adotar novas técnicas para chegar até o seu público-alvo. Neste cenário, o marketing colaborativo surge como uma ponte para aproximar a marca do seu consumidor ideal.
Antes de explicarmos o que é o marketing colaborativo e porque ele é uma estratégia diferenciada para o seu negócio ficar mais perto do cliente, vamos fazer um rápido passeio pela evolução do marketing, afinal, ele é a base para uma comunicação efetiva. Olha só:
Marketing 1.0
Na era 1.0, o foco do marketing era total no produto e não existia segmentação, ou seja, os consumidores eram obrigados a se adaptar aquilo que era feito pelas empresas. Um exemplo disso — e que, possivelmente, você já tenha ouvido falar — eram os carros fabricados por Henry Ford: todos na cor preta. Bom, em outras palavras, não existia nenhuma preocupação em saber o que o cliente necessitava, o objetivo era padronizar e ganhar escala com a intenção de reduzir ao máximo os custos de produção.
Marketing 2.0
Com o tempo, as necessidades vão mudando e o modo de entender o outro também. Surge, então, o Marketing 2.0 com a finalidade de compreender os consumidores e segmentá-los para atender suas necessidades. As empresas finalmente começaram a expandir seus produtos e a focar na qualidade para mostrar ao público o quanto valia a pena adquiri-los. Criou-se ainda o serviço de atendimento ao consumidor (SAC) para atender e resolver problemas ligados às mercadorias, afinal, o cliente sempre tem razão, não é?
Marketing 3.0
As mudanças não param por aí. Já faz um tempo em que vivemos na era 3.0, na qual toda a forma de consumir se transformou. A excelência naquilo que se faz continua sendo importante, mas ouvir o que o seu consumidor tem para falar sobre o seu negócio também. Neste cenário, ele conquistou o poder de escolha devido à alta concorrência, então, as empresas precisam convencê-lo do por quê são melhores. Ou seja, os fatores de qualidade, que eram requisitos importantes desde o Marketing 2.0, continuam relevantes, mas fazem parte de uma avaliação mais completa, que inclui a visão sobre a própria marca e leva em consideração, ainda, os valores da empresa. Por exemplo, organizações que desenvolvem testes dos seus produtos em animais já não são tão bem-vistas pelos consumidores, independentemente da credibilidade reconhecida nas suas mercadorias.
Sendo assim, o fato do cliente se importar com a procedência do produto e necessitar ser ouvido cada vez mais dificultou a aproximação da empresa a eles. No entanto, para suprir essas carências, no Marketing 3.0 existem diversas técnicas e estratégias que podem ajudá-lo a conquistar o seu público-alvo. Elas têm o objetivo de direcionar esforços para fazer com que o consumidor lembre de você (share of mind — retenção da marca ou produto na memória dos consumidores ou do público em geral) e que você chegue ao coração dele (share of heart — porcentagem de participação de uma marca no coração (parte emocional) do consumidor). Dentre elas estão algumas que já vimos por aqui: inbound marketing e marketing de conteúdo, além do marketing colaborativo, que veremos a seguir.
A força do marketing colaborativo para o seu negócio
Como próprio nome sugere, o marketing colaborativo vem da disseminação do conteúdo por meio da colaboração dos indivíduos. Mas o que isso quer dizer? Já mencionamos aqui que na era do Marketing 3.0 é necessário conquistar o cliente, certo? Porém, este conquistar não é somente pelos atributos que o produto ou o serviço oferece. Mais do que isso: é necessário chegar ao coração do público-alvo para que, de uma forma espontânea, ele contribua com a propagação da sua marca.
Se pararmos para pensar, o processo é simples e muito inteligente: a empresa cria ações de relacionamento com o seu público-alvo e os próprios consumidores ajudam a espalhar as informações. É genial!
Neste contexto, as agências de publicidade e propaganda têm investido numa ferramenta chamada Brand Entertainment, que consiste na ideia de usar formas de entretenimento para cativar e mostrar os valores das empresas aos clientes. Desta forma é possível criar jogos, eventos, espetáculos e levar experiências reais ao consumidor, de maneira criativa e surpreendente.
Um exemplo disso é uma campanha feita pela Dove para mostrar às mulheres a real beleza delas. Convidadas a se descreverem a partir da imagem que tinham de si, um artista, sem vê-las, as desenhava de acordo com o que era descrito. Na sequência, outras pessoas são convidadas a descrever essas mesmas mulheres. O resultado? Você confere no vídeo abaixo:
Por meio de uma ação relativamente simples, a marca conseguiu tocar o coração de cada uma daquelas mulheres e mostrar o quanto são lindas não apenas para o mundo, mas principalmente para elas mesmas. Além disso, a marca mostrou valores como o cuidado e a preocupação com as suas consumidoras, o que repercutiu positivamente e fez com que elas propagassem o conteúdo.
Campanhas de Brand Entertainment, de modo geral, oferecem muitas vantagens, pois oferecem a oportunidade de você contar a todos os seus valores e ser reconhecido por isso. É também uma maneira de sair do tradicional e surpreender quem é mais importante para o seu negócio: o cliente. Mas atenção! Por se tratar de ações em que a colaboração dos consumidores é primordial, cada passo deve ser muito bem planejado. Afinal, eles terão total controle, diferentemente de outras atividades em que você pode prever a repercussão com mais exatidão.
Sensacional, não é mesmo? E então, já pensou em como poderá chegar ao coração do seu cliente e torná-lo colaborativo com a sua marca? Entre em contato conosco ou compartilhe aqui nos comentários as suas ideias ou eventuais dúvidas, teremos prazer em ajudá-lo.
