Tecnologia

Inovacentrismo: a constante busca pela inovação

Inovacentrismo: a constante busca pela inovação

Contrariando a teoria levantada pela igreja por mais de 1.400 anos, de que a Terra seria o centro do universo (geocentrismo), em 1514 Nicolau Copérnico apresentou ao mundo um modelo no qual o sol é que era o ponto central do cosmo (heliocentrismo). Viajando no tempo e fazendo uma comparação com o “universo empresarial”, podemos dizer que ele segue em um modelo de “inovacentrismo”. O que é isso? É só um jeito de demonstrar que tudo gira em torno da inovação. Se na totalidade ainda não é assim, caminha para isso (ou deveria caminhar). Os modelos de gestão de grandes marcas atuam de forma conectada a centros de pesquisa na busca por processos, serviços e produtos inovadores. Seja por consequência da inovação ou pela busca dela, o mercado está cada vez mais dinâmico. E as mudanças constantes no comportamento dos consumidores em geral, demanda por cada vez mais novidades. Vivemos em um ciclo de inovação.

Vamos conhecer agora dois exemplos de marcas que praticam esse tal de inovacentrismo para manter-se como referência em seus segmentos de atuação. 

Empreendedorismo inovador como fator competitivo

Em 1998, quando nem a internet muito menos o e-commerce estavam tão configurados no cotidiano das pessoas quanto hoje, alguém acreditou que os internautas confiariam em um site para comparar preços de produtos que os ajudariam a direcionar suas decisões de compras on-line. E mais, que isso ainda poderia ser algo rentável. Foi assim que surgiu o Buscapé — atualmente o segundo maior site de comparação de preços do mundo.

O fundador e presidente do Buscapé, Romero Rodrigues, afirma que a companhia conta com inovação para manter-se atuante e competir com gigantes como Google, E-bay e Amazon. Um dos fatores mais relevantes de sua estratégia baseia-se em inovação aberta. O programa “Sua ideia vale 1 milhão” é exemplo de como a conversa com a comunidade empreendedora pode render bons resultados.  No programa, empreendedores inscrevem seus projetos e o Buscapé faz uma seleção dos melhores para participar como sócio, alavancando novos negócios. Essa parceria abre novos caminhos de atuação para o Buscapé, ajuda a direcionar os investimentos da companhia e, ao mesmo tempo, contribui para o enriquecimento do banco de talentos da empresa. Ano passado, segundo Rodrigues, foram inscritos mais de 850 projetos, a partir dos quais foram criadas quatro novas empresas: Hotmart, Resolva.me, Urbanizo e Meu Carrinho.

Diálogo, pesquisa e tecnologia na corrida por inovação

A Nike tem um vídeo intitulado “Antes e depois do Ronaldo”. O Ronaldo é esse mesmo — o fenômeno. O vídeo é uma homenagem ao jogador, que se aposentou em 2011, demonstrando a influência dele no desenvolvimento do esporte como um todo. Sem exageros, a própria Nike sofreu influência do atleta. “Antes do Ronaldo”, a chuteira era feita com muita proteção, ou seja, recheada de almofada. “Depois do Ronaldo”, eles foram ao ponto que interessa e fizeram uma chuteira leve. Essa transição aconteceu graças ao diálogo com o jogador, que disse que a prioridade era a leveza da chuteira, para dar velocidade em campo. E foi assim que a Nike simplesmente mudou a forma de produção de suas chuteiras.

Esse processo é característico no processo de inovação da empresa. “A Nike existe para servir o atleta”. É o que garante Arturo Nuñez, Diretor de Marketing para mercados emergentes da Nike USA. Os atletas-astros não só ajudam a aproximar a Nike de seus consumidores, que se identificam com eles, como também têm papel fundamental no processo de inovação da Nike. “Ouvindo esses atletas, a Nike consegue oferecer o que eles precisam para ter a melhor performance”. Cada um dos atletas patrocinados pela Nike passa pelos centros de pesquisa da empresa, ajudando a criar produtos inovadores.

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